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Arritmias e agora?

Diogo Sampaio

Diogo Sampaio

Médico Cardiologista, Pós-graduação em Cardio-Oncologia, Mestre em Ciências da Saúde, CRM-GO 18023 RQE 11720.

coração

O coração tem um ritmo próprio, cadenciado e regular. Ele possui um circuito elétrico amplo e complexo, sendo capaz de gerar o impulso elétrico e propagar para todas as células cardíacas que contraem em resposta a esse estímulo. Dessa forma, a contração síncrona das células cardíacas é responsável pela função de bombear o sangue para todo o organismo. Em condições de repouso, o coração bate de 50 a 100 vezes por minuto. Esse ritmo normal é chamado de sinusal.

Quando ocorre qualquer alteração no ritmo, denominamos arritmia. Caso os batimentos fiquem mais rápidos chamamos de taquicardia e mais lentos, bradicardia. Caso ocorram batimentos “extras”, chamamos de extrassístoles.

As arritmias podem ser assintomáticas ou acarretar em sintomas como palpitação ou “batedeira”, sensação de falha no coração, dor no peito, tontura, desmaio, falta de ar e cansaço. A depender do tipo, podem impor risco à vida, evoluindo com parada cardíaca e morte súbita.

As causas são diversas. Desde alterações cardíacas como infarto, defeitos congênitos, doenças nas valvas e inflamação do coração a alterações em outros órgãos como os distúrbios da tireoide e condições sistêmicas como febre, exercício físico ou ansiedade. O excesso de consumo de álcool, cafeína, drogas estimulantes e o tabagismo também são gatilhos para arritmias.

Para diagnosticar as arritmias, o cardiologista lança mão de uma boa entrevista clínica e exame físico. O eletrocardiograma é um exame fundamental para identificar o distúrbio do ritmo.

Além disso, podem ser necessários outros exames como o Holter 24 horas, teste ergométrico, ecocardiograma e estudo eletrofisiológico.

O tratamento engloba modificações do estilo de vida (dieta balanceada, atividade física regular e cessação do tabagismo), medicamentos e/ou procedimentos cardíacos como a ablação por cateter, implante de marca-passo ou cardioversor-desfibrilador cardíacos. O tipo de arritmia determina a escolha do tratamento ideal.

De modo geral, controlar o estresse, ansiedade, evitar o consumo de álcool e cafeína em excesso, interromper o tabagismo, ter uma dieta balanceada e praticar atividades físicas regulares, além de controlar a pressão, diabetes e o excesso de peso, são as principais formas de se prevenir as arritmias.

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