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Doença de Chagas

Diogo Sampaio

Diogo Sampaio

Médico Cardiologista, Pós-graduação em Cardio-Oncologia, Mestre em Ciências da Saúde, CRM-GO 18023 RQE 11720.

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A Doença de Chagas é ainda muito comum em nossa região. A OMS estima cerca de 16 a 18 milhões de infectados em todo o planeta. Além disso, acredita-se que há cerca de 8 milhões de infectados somente nos 21 países que compõem a América Latina!

É causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. A forma de transmissão clássica se dá através das fezes do barbeiro (triatomíneo) que as deposita na pele do hospedeiro enquanto se alimenta do sangue. No entanto, com a erradicação parcial do vetor triatomíneo, novas formas de transmissão emergiram como a via oral (nos últimos anos, a mídia divulgou surtos de infecção por açaí e caldo de cana contaminados).

A história natural da doença compreende fases aguda e crônica.

Na fase aguda, a maioria dos pacientes é assintomática ou apresenta sintomas de um quadro viral inespecífico.

Após, 4 a 8 semanas, os pacientes evoluem para a fase crônica. Esta pode ser indeterminada (sem sintomas e com sorologia positiva) ou forma determinada (alterações cardíacas, digestivas ou cardiodigestivas).

No coração, o parasita causa uma inflamação (miocardite) aguda que evolui para uma miocardite crônica fibrosante de baixa intensidade e incessante, que produz dano progressivo nas células do coração (miocárdio).

A forma crônica cardíaca é caracterizada por arritmias (desde quadros benignos até morte súbita), sinais e sintomas de insuficiência cardíaca/ coração inchado (falta de ar, cansaço, inchaço, sensação de desmaio ou quase desmaio) e fenômenos tromboembólicos (AVC, entupimento de artérias de membros).

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